Preço do milho cede com avanço da colheita no Brasil
27/06/2012 08:55:57



Segundo o levantamento, o preço médio nacional recuou para 21,80 reais por saca de 60kg em junho, contra 22,50 reais por saca no mês anterior

As cotações do milho estão pressionadas no Brasil em meio ao avanço de uma grande colheita no país, que segue adiantada em relação ao ano anterior, apontou a Céleres nesta segunda-feira.

"As notícias de boa evolução da safra de inverno no Brasil com a possibilidade de uma colheita recorde e o baixo desempenho das exportações até o mês de maio/12 estão proporcionando forte pressão aos preços", disse a consultoria em seu relatório semanal.

Segundo o levantamento, o preço médio nacional recuou para 21,80 reais por saca de 60kg em junho, contra 22,50 reais por saca no mês anterior, por ter registrado desaceleração em todas as praças consultadas.

A consultoria pesquisou preços nas seguintes praças de referência: Rio Verde (GO), Rondonópolis (MT), Maringá (PR), Chapecó (SC) e Passo Fundo (RS).

O valor mais baixo foi registrado em Rondonópolis, Mato Grosso, grande produtor de milho safrinha, onde o preço médio recuou para 15,80 reais por saca, baixa de 7,6 por cento ante mês anterior.

A colheita da safra de inverno segue à frente ante igual período do ano passado, com os trabalhos adiantados no Paraná e Mato Grosso, os maiores produtores do grão no país.

Em Mato Grosso, Estado no qual a colheita está mais avançada, já foram colhidas 8 por cento das áreas cultivadas, contra 5,6 por cento em igual período do ano passado. Na semana o incremento de três pontos percentuais.

No Paraná, foram colhidas 6 por cento das lavouras de segunda safra, contra 4,9 por cento em igual período do ano passado. Até a segunda quinzena de junho, haviam sido colhidas 4,3 por cento do total semeado.

A consultoria alerta que o cenário para os preços pode se agravar para o produtor porque ainda falta ao Mato Grosso, o maior produtor de safrinha, comercializar ao menos cinco milhões de toneladas de milho desta segunda safra.

A Céleres ressalta que possível intervenção do governo federal para conter a forte queda das cotações, abaixo de preço mínimo, não foi oficializada.

Sobre as exportações, a consultoria prevê uma melhora no volume escoado em junho, em vista do número de caminhões que tem escoado o produto para principais portos brasileiros. O dado da Secretaria de Comércio Exterior sai na próxima semana.

Fonte: Cenário MT, 26 de junho

 

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