30/07/2012 09:27:54

A comercialização do milho 2ª safra em Mato Grosso avança à medida que os preços sobem e os trabalhos nas lavouras disparam

A comercialização do milho 2ª safra em Mato Grosso avança à medida que os preços sobem e os trabalhos nas lavouras disparam. Até o momento 69,5% dos 14,2 milhões de milho semeados na safra 2011/2012 já foram colhidos. O volume é 3,3 pontos percentuais a mais que os 66,3% no período com a 2ª safra 2010/2011. As informações são do Imea.

Anteontem, o cereal era vendido na média de 21,42 a saca de 60 quilos. No mês a cotação média já registra alta de 24,18% ante junho, salto de R$ 14,64 para R$ 18,18 no Estado. Entre os municípios em uma semana o preços chegaram a aumentar 14,8%, como é o caso de Sorriso de R$ 18,80 em 17 de julho para R$ 21,60 ontem. Rondonópolis possui o maior preço de R$ 24,70.

A comercialização maior é no médio-norte com 72,4% das 7,8 milhões de toneladas já vendidas. A quebra de safra nos Estados Unidos tem puxado o valor. O bushel para setembro estava cotado ontem em US$ 7,74 e para março de 2013 US$ 7,42. “O que está sendo vendido agora é o que está saindo das lavouras neste momento.

O milho vendido antecipado já foi entregue”, diz o analista de mercado do Imea, Cleber Noronha. Até o dia 19 o Estado já havia colhido 66,2% dos 2,5 milhões de hectares plantados. O produtor em Sinop, Antônio Galvan, comenta que o problema do setor deixou de ser os preços e passou a ser a logística. “Estamos com os armazéns lotados. Não conseguimos escoar devido a nova lei do transporte. Essa medida é bem vinda, mas faz o transporte demorar, o que já nos leva a começar a remontar as safras. O caos está instalado e podemos ter perdas na produção”.

Devido os altos preços pagos pelo grão às vendas, para exportação, podem fazer com que Mato Grosso não tenha milho ao final do ano para atender a demanda da suinocultura e avicultura. Devido a isso, a Famato irá solicitar em agosto ao governo federal a aquisição de ao menos 2 milhões de toneladas de milho para regular os estoques no Estado, que hoje estão em 600 mil toneladas.

Fonte: CenárioMT, 26 de julho