Indústria de adubo do Brasil prevê investir US$18,9 bi até 2017
28/08/2012 11:10:50



Por Fabíola Gomes

SÃO PAULO, - As indústrias brasileiras de fertilizantes deverão investir 18,9 bilhões de dólares até 2017, contribuindo para reduzir a dependência do mercado externo, um salto se comparados aos 13 bilhões de dólares anunciados no ano anterior, disse nessa segunda-feira (27) o diretor-executivo da associação que reúne a indústria.

"Isso tudo corresponde ao desejo e ao que as indústrias estão fazendo (para aumentar a oferta)... são compromissos públicos", disse David Roquetti Filho, o diretor-executivo da Associação Nacional para a Difusão de Adubos (Anda), durante conferência de imprensa durante o 2o Congresso Brasileiro de Fertilizantes, em São Paulo.

Com estes investimentos, a oferta da indústria de nutrientes em 2017 poderá chegar a 9,35 milhões de toneladas dos nutrientes nitrogênio, potássio e fósforo (NPK), ou cerca de 18 milhões de toneladas de fertilizantes.

Um volume de produção que, de acordo com a Anda, deverá ser suficiente para cobrir 63 por cento da demanda brasileira, contra os 28 por centos estimados em 2012.

Os números apresentados referem-se a projetos desde a fase de estudos de viabilidade econômica até próximos da fase de implantação, entre os da Petrobras, Copebras, Galvani, MBAC, e incluem ainda o projeto de potássio Rio Colorado, da Vale, na Argentina.

O diretor-executivo da Anda ressalta que dos 88 bilhões de dólares em projetos previstos para até 2017 no mundo, um quinto deve ser realizado no Brasil, onde a demanda por fertilizantes é crescente, em torno de 6 por cento ao ano, contra um ritmo anual de 6 por cento no mundo.

O vice-presidente do conselho de administração da Anda, George Wagner Bonifácio e Sousa, ponderou que a despeito da perspectiva de incremento da oferta de fertilizantes, o Brasil ainda terá certa dependência do mercado externo.

"Mesmo com todos os investimentos, a curva de crescimento ainda aponta alguma dependência da importação", afirmou Sousa.

No caso do potássio, acrescentou, sem a Argentina o cenário pode ficar praticamente estável. Atualmente, o Brasil importa cerca de 90 por cento de sua demanda anual.

Reuters

Fonte: Agrolink, 28 de agosto

 

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