Safra de soja atrasa, mas plantio de milho não cai em MT
09/11/2012 09:03:43



A interrupção das chuvas em algumas áreas de Mato Grosso fez parte dos produtores pisar no freio no plantio de soja.

O ritmo de plantio deste ano é inferior ao de igual período do ano passado, diz Daniel Latorraca, gestor do Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária).

A interrupção não é generalizada, o que garante que 63% da área já tenha sido semeada, ante 75% em 2011, diz Latorraca. A chamada região médio-norte, no entanto, supera em muito a média do Estado. Pelo menos 86% da área que será destinada à soja já foi semeada.

O avanço do plantio no médio-norte é importante porque 50% da área que está sendo destinada à soja se converterá em lavoura de milho após a colheita da oleaginosa.

Os bons preços da soja nos mercados interno e externo levarão os produtores de Mato Grosso a semear 7,9 milhões de hectares com soja nesta safra 2012/13, uma área 12% maior do que a anterior.

A produtividade média do Estado deverá ficar em 51 sacas por hectare. Se os dados de área e de produtividade do Imea se concretizarem, a produção atingirá o recorde de 24 milhões de toneladas.

Apesar do atraso no plantio de soja, o Imea mantém a estimativa de uma área recorde de 2,9 milhões de hectares para o milho na safrinha.

O clima nesta primeira quinzena do mês será fundamental para uma avaliação da necessidade ou não de replantio de soja.

Se houver, o produtor perderá a “janela” de plantio do milho, cujo período ideal vai até o final de fevereiro.

Mesmo com área recorde, a produção de milho será inferior, ficando em 13,9 milhões de toneladas.

A queda ocorre porque a produtividade deste ano não repete a quantia excepcional de 2011, quando atingiu 104 sacas por hectare.

Europeus não querem corte agrícola nos gastos públicos

Os produtores agrícolas europeus estão de orelha em pé com as novas propostas de crédito para a agricultura para o período 2014/20. Em tempos de recursos escassos na região, a agricultura também está na lista de cortes.

Os representantes europeus do setor agrícola querem fortes mudanças na PAC (Política Agrícola Comum). Acostumados ao crédito fácil, os agricultores se opõem.

Na avaliação de representantes de produtores, haverá queda da renda no setor em um momento em que a atividade tem seus maiores riscos. Os custos estão altos e há incerteza sobre os preços.

Os produtores querem que a PAC mantenha os gastos atuais até 2020.

Pouca reação 1 Definidas as eleições nos Estados Unidos, o mercado de metais não tem muita margem para reagir, avalia o Standard Bank. As atenções dos investidores agora estão focadas nos rumos da economia europeia e no abismo fiscal dos Estados Unidos.

Pouca reação 2 Os preços do cobre e do estanho caíram ontem na Bolsa de Metais de Londres, enquanto o chumbo e o zinco tiveram pequena reação. As cotações dos metais no mercado internacional, no entanto, são bem inferiores às registradas há um ano.

Mais queda As exportações de café recuaram para 2,9 milhões de saca em outubro, 9,5% menos do que no mesmo mês do ano passado. As vendas no ano recuam 18% sobre as de 2011, segundo o Cecafé.

Especiais Do total embarcado de janeiro a outubro deste ano, os cafés especiais representaram 16,2%. O preço médio dos arábicas diferenciados subiu 31% no período.

Divisão A variedade arábica representou 83% das vendas. Quase 12% do total foi de café solúvel e 4,5%, robusta.

Vaivém

Mauro Zafalon é jornalista e, em duas passagens pela Folha, soma mais de 35 anos de jornal. Escreve sobre commodities e pecuária

Fonte: Boa informação, 8 de novembro

 

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