Produção de milho superará a de soja pela 1ª vez desde 2001, diz IBGE
07/12/2012 09:07:11



Em 2013, soja deve aumentar a produção com mais área plantada

Safra total de 2012 , 1,6% maior que a de 2011, será recorde, prevê IBGE

A previsão da produção nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas, de 162,6 milhões de toneladas de grãos em 2012, calculada em novembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é recorde, segundo o gerente da Coordenação de Agropecuária, Mauro André Andreazzi, representando um aumento de 1,6% em relação aos 106,1 milhões de toneladas de grãos registrados em 2011.

E o recorde de 2012 será batido novamente em 2013, quando a safra deverá chegar a 173,8 milhões de toneladas, com alta de 6,9%, informou o instituto na manhã desta quinta-feira (6).

Pela primeira vez desde 2001, a produção de milho no país ultrapassa a produção de soja, isso por conta da estiagem no Sul do país, informou o gerente.

O quadro de novembro mostra que a safra prevista para 2012 é composta por 44% de milho, num total de 71,6 milhões de toneladas, contra 40% de soja, com 65,6 milhões de toneladas.

Mas o prognóstico para 2013 é de recuperação da produção da soja, além de aumento da área plantada, numa expectativa de se atingir 81,2 milhões de toneladas, um crescimento de 23,9% em relação a 2012.

Segundo Andreazzi, a expansão da área, projetada em 1,7 milhão de hectares, se deve aos bons preços registrados em 2012, que resultaram da quebra de safra em países produtores. A soja deve ocupar áreas antes destinadas à plantação de milho, algodão, feijão e cana-de-açúcar. Com isso, para 2013 é esperada uma produção de milho de 67,1 milhões de toneladas.

Arroz, milho e soja juntos somam 92,1% da produção nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas no prognóstico para 2013. Em 2012, somam 91,3%, segundo o IBGE.

A produção de algodão, que em 2012 chega perto de cinco milhões de toneladas, deverá cair para 3,8 milhões de toneladas em 2013, uma vez que, pelo prognóstico do IBGE, Bahia, Mato Grosso e Minas Gerais terão grandes reduções de produção, respondendo ao cenário nacional favorável para soja e milho, que têm maior espaço e menor risco no mercado internacional.

Fonte: G1, 6 de dezembro

 

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