22/4/2008 08:14:13

A Comissão Europeia (CE) aprovou a utilização de milho transgénico GA21 para a alimentação animal, o que na prática equivale à possibilidade de importar o respectivo grão de países terceiros e eliminar o entrave à taxa que até agora existia para as importações de milho argentino.

Esta autorização provém por decisão da própria CE sobre a sua própria proposta, ao não existir maioria para aprovação no Comité Regulador e mesmo em Conselho de Ministros da União Europeia(UE).

O procedimento em questão é habitual na UE, que, desde alguns anos, tendo em conta que muitos países adoptam posturas políticas nas votações sobre a aprovação de organismos geneticamente modificados (OGM) que nada têm de concreto com a segurança dos mesmos.

A Argentina adopta uma política de aprovação ao mesmo ritmo da UE, de forma a não prejudicar as suas exportações, no entanto, e no caso particular do GA21, este país aprovou a produção do mesmo devido a um erro provocado pela situação surrealista, refere o Agrodigital, de estar autorizado na União para a alimentação humana, mas não para a animal.

Na prática, este problema levou a UE a proibir a importação de milho argentino, pela possível presença de plantas proibidas, o que obrigou os operadores a importarem milho brasileiro muito mais caro, tendo em conta que o norte-americano também contém transgénicos não autorizados.

A aceitação do milho GA21 supõe a liberalização das importações deste cereal argentino pela Espanha, o principal comprador europeu, prevendo-se uma entrada em terras espanholas na ordem de um milhão de toneladas do mesmo, notando-se também uma diminuição das cotações.

Fonte: Directório Alimentar, 1º de abril