Preço do potássio pode recuar 20% após fim de cartel; Brasil beneficiado
09/09/2013 08:15:05



Os preços do potássio devem recuar cerca de 20 por cento, depois que a surpreendente dissolução do maior cartel produtor do mundo fez com que compradores e vendedores corressem para estabelecer novos patamares de valores, com os primeiros sinais de queda surgindo no mercado brasileiro, disseram operadores.

O mercado global do potássio--um dos três nutrientes vitais para a agricultura-- continua em grande parte congelado depois que a russa Uralkali saiu da parceria Belarusian Potash Co (BPC) em julho. Juntamente com um cartel rival norte-americano, as empresas controlavam cerca de 70 por cento do mercado.

A prisão retaliatória realizada por Belarus do presidente-executivo da Uralkali, Vladislav Baumgertner, em Minsk na semana passada reforçou ainda mais a grande cisão entre os produtores russos e bielorussos.

"Como um cartel, os produtores são capazes de cortar o fornecimento a fim de controlar os preços. Como competidores, os produtores devem reduzir os preços rapidamente para ganhar negócios", disse uma fonte da indústria.

No primeiro resultado concreto do colapso do controle rígido do mercado, os preços no mercado à vista no Brasil caíram para 370 dólares a tonelada de potássio granulado, um grau mais caro, ante cerca de 450 dólares por tonelada no início de julho.

A Belaruskali e a alemã K + S Kali venderam carregamentos a 370 dólares por tonelada, disseram fontes da indústria.

Produtores e compradores esperam que os preços no Brasil caiam ainda mais para de 350 a 360 dólares por tonelada nas próximas semanas, à medida que os produtores lutam por uma fatia no importante mercado local, que importou cerca de 7 milhões de toneladas de potássio em 2012, cerca de 14 por cento do consumo global.

"Esta é uma situação muito difícil para os vendedores, que estão buscando reduzir os preços a fim de conseguir negócios. As atuais incertezas no mercado são a nossa principal preocupação", disse uma fonte sênior de uma produtora.

Reuters

Fonte: Agrolink, 6 de setembro

 

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