12/11/2013 12:40:51
Os Estados Unidos, que chegaram a fornecer três quartos de todo o milho comercializado globalmente, perderam participação no mercado para rivais sul-americanos e do Leste Europeu, e a atual safra recorde norte-americana não será capaz de reverter essa tendência.
Os preços elevados dos últimos anos estimularam a produção de milho em celeiros como Brasil, Argentina e Ucrânia, três países que devem exportar volumes recordes ou quase recordes nesta temporada.
Enquanto isso, a seca histórica do ano passado nos EUA, maior produtor mundial de milho, levou países que tradicionalmente importavam milho norte-americano a buscarem outros fornecedores, e essas relações comerciais prosperaram.
"Destruímos a demanda no ano passado devido aos preços altos e da seca, e os importadores tradicionais precisaram olhar para outro lugar", disse o especialista em mercados futuros do Citigroup, Art Liming.
"Vamos recuperar parte desta demanda, mas não vamos conseguir recuperar toda, porque ensinamos o resto do mundo a plantar milho e ensinamos outros importadores a comprar milho de outras origens."
O Departamento de Agricultura dos EUA elevou nesta sexta-feira em 14 por cento sua previsão para as exportações norte-americanas de milho na safra de 2013/14 (setembro a agosto), chegando a mais de 35,5 milhões de toneladas, quase o dobro do volume exportado na safra anterior, que foi o pior resultado em 37 anos.
Mas a previsão ainda representa a segunda pior em duas décadas, com apenas 32 por cento de participação no mercado mundial, segundo dados do Departamento de Agricultura norte-americano divulgados nesta sexta-feira.
Reuters
Fonte: Agrolink, 12 de novembro