2014: Ano deve ser de reflexões para o milho brasileiro
03/01/2014 14:33:23



Leandro J. Nascimento

Do Agrodebate

Dois mil e quatorze promete ser um ano de reflexões para o milho brasileiro. O momento desfavorável em relação às demais commodities fará a cultura perder espaço e obrigará o produtor a rever seu planejamento. O agricultor deve pisar no freio neste novo ano agrícola, plantando uma área menor e colhendo menos, respectivamente.

Na avaliação dos especialistas do mercado, ao contrário da temporada passada o país não deve encontrar as mesmas brechas que tanto o favoreceram. "O Brasil como um todo foi beneficiado pelo cenário internacional e isso favoreceu uma produção maior com preços mais remuneradores. Mas o cenário está mudando", diz Fernando Burgos, diretor geral da consultoria SAFRAS & Mercado.

A fala é uma referência aos problemas vividos pelos Estados Unidos com a safra de milho e que alteraram o quadro de oferta e demanda mundiais. "Nada indica que terão problema novamente. O cenário não é tão favorável, com preços baixos e com a oferta e demanda recompondo seus níveis atuais", afirma Burgos.

Nas projeções feitas pelo governo o recuo na safra brasileira de milho já começa a ganhar forma. A Conab, Companhia Nacional de Abastecimento, projeta uma queda de 3% no volume a ser colhido, passando de 81 milhões de toneladas para outros 78,7 milhões de toneladas. A área, de 15,8 milhões de hectares, deve chegar a 15,4 milhões de hectares.

"2014 vai obrigar o produtor a refletir em termos de produção e de comercialização", pondera o diretor geral de SAFRAS & Mercado.

Exportação

Em 2013 as exportações brasileiras de milho em grão cresceram 17,3% na comparação com 2012, encerrando o ano passado acima de 26,6 milhões de toneladas, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).

"Em 2012 os Estados Unidos perderam 100 milhões de toneladas de sua safra de milho e que não ficaram disponível. Isso abriu a brecha para o milho brasileiro. Agora eles devem colocar sua produção no mercado e têm vantagens que nosso produtor não tem", conclui Fernando Burgos.

Fonte: Agrodebate, 3 de janeiro

 

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