Soja começa dar espaço ao milho no Sul de MT
23/01/2014 12:59:49



Regime de chuvas já ganha espaço nas menções e preocupações dos produtores

Da Redação

À medida que a colheita da soja vai evoluindo, o milho e o algodão passam a ocupar o espaço nas lavouras. Para esta segunda safra, a estimativa é de que 3,24 milhões de hectares de milho sejam plantados, uma redução de 12% em relação à safra anterior, segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA).

Ainda em outubro de 2013, a Aprosoja, segundo dados do Circuito Tecnológico, já mencionava uma redução na área de milho “safrinha” e, também, no nível de investimento em tecnologia para o cultivo.

Milho segunda safra – A colheita da soja em Mato Grosso atingiu 4,2% de sua área, segundo IMEA, e apenas 0,9% das lavouras que receberão o milho foram semeadas, uma defasagem em relação ao mesmo período de 2013, com 1,2%. Os produtores devem iniciar o plantio mais intenso de milho em fevereiro, mas há aqueles que já estão com o grão na terra.

Mais especificamente na região Sudeste, que compreende municípios como Primavera do Leste, Campo Verde, Itiquira e Rondonópolis, a semeadura de milho foi iniciada, com 0,7% da área já com grãos. Em Primavera do Leste, o produtor Alisson Casteli iniciou o plantio na última quinta (16) e, 50 hectares, já receberam o milho. “Colhemos e colocamos a plantadeira em cima. A expectativa é finalizar tudo no final de fevereiro, quando colhemos a soja tardia. A intenção é plantar 600, dos 700 hectares de soja, com milho.” A aposta do produtor na safrinha foi por sementes de boa qualidade, mas com uma redução pequena no volume de adubação.

Em Itiquira, o agricultor Glydi Estevão já finalizou o plantio de milho em uma área 350 hectares, onde havia crotalária. A opção pela cobertura foi para rotação e, também, controle de nematóides. Outros 1.500 hectares serão plantados a partir de 10 ou 15 de fevereiro, com um investimento de médio porte. “Fizemos o plantio no meio de outubro, o que foi uma boa opção para o desenvolvimento da soja.”

Em Rondonópolis, Joel Strobel pretende iniciar o plantio do milho na próxima segunda, com 2 mil hectares, metade da área cultivada no ano passado. Apesar da redução, manterá o nível de tecnologia e espera não ter problemas com a chuva na colheita da soja. “Ano passado foi terrível, perdemos muito e atrasamos. Mas neste ano esperamos que a abertura de sol permaneça apesar das chuvas.”

Já em Campo Verde, o produtor Carlos Rodrigo Bernardes retirou 100 hectares de soja do campo no último final de semana, mas o milho só será semeado na segunda quinzena de fevereiro, com investimento de médio porte. Nesta terça (21), se a chuva não atrapalhar, ele pretende plantar o algodão. “A quantidade de chuvas incomodou relativamente enquanto colhíamos e plantávamos, espero que os problemas do ano passado não se repitam.”

Clima – Com a intensificação da colheita e plantio em fevereiro, as expectativas climáticas começam a gerar preocupação. Por enquanto os elevados índices pluviométricos não causam problemas efetivos, mas a propagação desses mesmos índices podem atrapalhar os trabalhos no campo.(com assessoria)

Fonte: Diário de Cuiabá, 22 de janeiro

 

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