Avança plantio de milho e feijão no Estado
7/10/2008 13:07:10



As condições climáticas dos últimos períodos têm auxiliado a manutenção da umidade do solo em níveis satisfatórios, dando condições aos agricultores gaúchos de intensificarem os trabalhos de plantio. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, a semana ensolarada favoreceu o plantio do milho em todas as regiões do Estado, onde se estima que em torno de 48% da área esteja plantada e 44% já tenha germinado. No caso do feijão, o plantio alcança os 54% da área, com 49% em pleno desenvolvimento vegetativo e 1% iniciando a fase de floração.

O plantio do milho deverá estender-se até janeiro de 2009, sendo que, apesar das recentes turbulências ocorridas no cenário internacional, continua grande a procura por financiamentos de custeio em todas regiões. Apesar da falta de chuvas mais abundantes em algumas regiões produtoras, as lavouras se desenvolvem normalmente. A maioria das áreas cultivadas encontra-se nas médias e grandes propriedades, onde o uso de máquinas é bastante intenso. Nas demais, continua o preparo do solo com manejo das plantas de cobertura.

A semeadura do feijão iniciou nas regiões próximas ao Rio Uruguai, na parte Norte do Estado e, especialmente, no Médio Alto Uruguai. As lavouras cultivadas com feijão no Estado deverão totalizar uma área próxima aos 83 mil hectares. Boa parte dos agricultores ainda se encontra realizando o preparo do solo para implantação de lavouras em suas propriedades, principalmente na Metade Sul.

Com a ausência de chuvas, continuam, em ritmo acelerado, os trabalhos para a implantação da próxima safra de arroz. Na região da Fronteira Oeste, a maior parte das áreas está pronta. Barra do Quaraí e Uruguaiana já estão com 100% do solo preparado. Em Barra do Quaraí, 20% da área já foram semeados, enquanto que em Uruguaiana a semeadura está entre 5% e 10%. Outras áreas das regiões Central e Litoral Norte também já se encontram semeadas. Em termos estaduais, o plantio da safra 2008/09 atinge, nesta semana, 6% da área projetada, com as sementes germinando sem dificuldades. Segundo os técnicos da Emater/RS-Ascar, muitos produtores pretendem realizar a semeadura mais cedo, objetivando maior economia de água, aproveitando as chuvas de primavera e fugindo das altas taxas evaporativas de janeiro e fevereiro.

Na soja segue a finalização dos preparativos para o início do plantio, com algumas poucas áreas já semeadas. Todavia, o percentual é ínfimo se considerada a área projetada para esta safra (3,8 milhões de hectares). Enquanto esperam pelo período recomendado, os produtores observam o comportamento das cotações e as oscilações registradas nos últimos dias. A saca de 60kg teve uma queda de 1,17% na cotação média da semana, passando para R$ 43,68.

De modo geral, o trigo vem se desenvolvendo bem, mantendo o bom potencial produtivo das lavouras. Nos próximos dias a Emater/RS-Ascar deverá finalizar a pesquisa que permitirá realizar a reavaliação das estimativas de produtividade para o Estado. Na semana, a fase de enchimento de grãos alcançou aproximadamente 50% das lavouras. Outros 31% encontram-se em floração, 12% em desenvolvimento vegetativo e 7% encontram-se maduros e prontos para serem colhidos. Na região de Santa Rosa, em localidades pontuais, já se observam algumas lavouras em início de colheita.

CRIAÇÕES

Segue a preocupação e o descontentamento entre os produtores de leite devido à progressiva queda do preço do produto no mercado nos últimos períodos. Segundo a pesquisa de preços pagos ao produtor da Emater/RS–Ascar, o produto mais uma vez voltou a apresentar forte queda, sendo que a última foi de 3,77%, com o preço médio passando de R$ 0,53 para R$ 0,51 o litro.

A projeção é que os preços sigam apresentando uma tendência de queda para os próximos períodos, já que, com o início da primavera, espera-se um incremento na oferta de alimento e uma condição climática mais favorável à manutenção do rebanho.

O setor da suinocultura está vivendo um clima de otimismo, já que o preço médio do suíno tipo carne vem apresentando sucessivas altas. Segundo apurou o levantamento realizado pela Emater/RS–Ascar, o preço médio passou de R$ 2,66 para R$ 2,68 o kg vivo, o que representa um crescimento de 0,75% em relação ao preço anteriormente praticado.

O setor segue mantendo a confiança em uma melhor remuneração, e espera recuperar as perdas sofridas anteriormente. Contribui para este otimismo a manutenção da tendência de queda que vem apresentando o preço do milho e soja no mercado nacional, sabidamente os principais insumos da alimentação do rebanho.

Fonte: Clique Erechim, 7 de outubro

 

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