Asgav pede a Dilma intervenção do governo no mercado de milho
13/11/2006 09:07:25



Porto Alegre, 8 - A Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) envia hoje um pedido à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, de intervenção do governo no mercado de milho para amenizar a alta de custos das indústrias do setor com a compra do grão durante a entressafra. A reivindicação já foi encaminhada ao Ministério da Agricultura e à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), disse o secretário executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos. "Nossa necessidade é extremamente urgente para nivelar os custos das indústrias", argumentou ele.

O setor pede a realização de leilões de Valor de Escoamento de Produto (VEP) destinados ao Rio Grande do Sul, que depende do suprimento de outros Estados e paga custos maiores de frete pela distância dos principais produtores. Nesse mecanismo, o governo subvenciona o deslocamento do grão. A Conab tem estoques mínimos no Estado, disse o superintendente do órgão, Carlos Farias, e o milho disponível para venda a balcão foi colocado em Estrela, Palmeira das Missões e Lagoa Vermelha.

As indústrias de aves e suínos consideram que está havendo especulação no mercado gaúcho, onde dizem que a saca de milho já é ofertada por R$ 21,50. O governo realizou ontem leilões de estoques públicos com preço de abertura de R$ 17,24 para o produto de Goiás e Paraná e R$ 19,02 para aquele com origem em São Paulo e Minas Gerais. As indústrias gaúchas consideram que o preço inviabiliza a disputa pelos lotes do Paraná, por causa do custo de transporte até o Estado. O Rio Grande do Sul comprou apenas 3 mil toneladas nas operações de ontem, informou a Ceagro Corretora de Mercadorias. Foram arrematadas, no total, 104 das 169 mil toneladas ofertadas.

Farias disse que a reivindicação do setor foi remetida à Brasília, mas ainda não há uma posição oficial do governo. As indústrias associadas à Asgav registraram o abate de 446 milhões de aves de janeiro a setembro, numa queda de 12,64% em relação ao mesmo período do ano passado por conta do ajuste que o setor procurou fazer à retração da demanda externa. O alojamento de pintos de corte caiu 14,65%. O volume exportado diminuiu 15,50%, para 492 mil toneladas, provocando reflexo nas receitas, de US$ 588 milhões (-13,54).

Fonte: Estadão, 8 de novembro

 

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