Milho tem previsão de atraso para próxima safra
2/12/2008 08:22:46



Safra de milho 2008/09 sofre atrasos

Após muitas intempéries para com a safra de milho nos Estados Unidos, este que ganhou com uma colheita menor, pode ser feita uma análise das outras safras. As cotações do cereal atingiram o maior patamar já registrado na bolsa de Chicago, chegando a bater o número de US$ 8 por bushel - US$ 315 por tonelada. O assessor da Secretaria de Agricultura de Uberaba, José Severino Rosa, afirma que a safra 2008/09 vai ter um atraso.

Para o agrônomo e zootecnista Antônio Garcia, em 2007/08, Uberaba teve um plantio de R$ 90 mil por hectare de soja e R$ 60 mil por hectare de milho, principais culturas. "No entanto, a atual conjuntura e a crise mundial fizeram surgir uma dúvida na cabeça dos produtores: plantar ou não, nesta época", explica.

Outro problema que envolve o assunto é a falta de crédito, tanto oficial, quanto das empresas. A previsão é de redução para com o plantio de milho, por área plantada. "No município, temos observado que a venda de semente não será tão grande, como esperávamos", acrescenta o agrônomo.

No que se relaciona a este cereal, o esperado pelos membros da Secretaria de Agricultura, é que ocorra uma redução de 10% preliminarmente, mantendo a área de soja na região de Uberaba.

Dentre os fatores que prejudicam, se encontram as chuvas. "Nesta mesma época, em 2007, a milimetragem das chuvas foi de 295, em contrapartida a este ano, que foi de 107 milímetros", lembra Garcia. Ainda de acordo com o zootecnista, até 2008, a redução foi de 107 milímetros de chuva, sendo que um milímetro de chuva corresponde a um litro de água em superfície de um metro quadrado.

"O período normal de plantio está atrasado sim, desde 1° de novembro, que foi observada uma redução de meio saco de milho ou de soja por hectare. Os produtores que plantarem, por exemplo, no dia 30 de novembro, comparando com aqueles que plantarem no dia 1°, vão colher sacos a menos, meio saco de milho por hectare, por dia", esclarece Garcia.

A dica dada por ele é que os produtores plantem nas épocas "certas" para que não ocorram muitos prejuízos.

Produção de milho pode sofrer prejuízos

A produtividade de milho pode sofrer sérios prejuízos com o atraso dos plantios, por parte dos produtores rurais e crise de safra de outros países.

Segundo o agrônomo e zootecnista Antônio Garcia, a produtividade pode perder por vários motivos, entre eles, o atraso no plantio, a questão dos adubos, defensivos agrícolas e a falta de crédito.

"Depois que passarem as chuvas não adianta mais plantar, e se lamentar. O produtor precisa entender que deve fazer uso adequado de insumos no plantio, ou para com as sementes, e optar por produtos mais em conta", frisa.

Ele aponta que são de vários gêneros os fatores responsáveis pela significativa redução na produção, principalmente de milho, de 10% a menos.

Em relação à produção de soja, de acordo com o agrônomo, vai ocorrer uma manutenção, e a permanência é de 90 mil hectares por área plantada por dia. Em 2007/08 o número foi de 60 mil, com uma redução logo após. O milho, de 105 passou para 54 mil hectares por área plantada por dia. (RV)

Rebanho mineiro aumenta e passa a ser o segundo do país

Pesquisa foi feita na última quarta (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no Censo Agropecuário de 2007. Segundo o IBGE, o Estado Mineiro conquistou uma posição no ranking, superando o Mato Grosso do Sul. A liderança nacional continua com o Estado do Mato Grosso, que detém 12,9% do rebanho brasileiro.

Segundo o censo, Minas Gerais conta com um rebanho bovino de 22,5 milhões de cabeças. O crescimento foi de 1,7% em relação ao ano de 2006, enquanto, na média nacional, houve uma redução de 3% do rebanho bovino, que conta com 199,7 milhões de cabeças.

“Em 2006 e 2007, os baixos preços pagos aos pecuaristas de corte e a alta do custo de produção, fizeram com que produtores de muitos estados vendessem matrizes para abate. Como em Minas o rebanho leiteiro é expressivo, o abate foi menor”, explica o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Gilman Viana Rodrigues.

O censo do IBGE também mostra que Minas lidera a participação no valor total da produção pecuária primária, com 26,1% do total. Na produção leiteira, o Estado também está em primeiro lugar com 30,3% no valor total. Ocupa ainda o segundo lugar (13,6%) no valor da produção de ovos de galinha, atrás de São Paulo. “A pecuária básica é um componente expressivo do PIB do agronegócio mineiro, que já cresceu 14% no acumulado dos primeiros oito meses de 2008 e deve fechar o ano em R$ 88,6 bilhões”, explica o secretário. Na lista do efetivo de eqüinos, Minas Gerais também é líder, com 838 mil cabeças e 15% do total. Destaque para o município de Unaí, que conta com 9,8 mil animais. Em relação do rebanho ao muares (mula), Minas está em segundo lugar, com 162 mil cabeças e 12% da participação nacional.

O Estado também tem a vice-liderança no número de cabeças de galinhas poedeiras. São 23,2 milhões de aves, ou seja, 11,7% da participação nacional. Destaque para o município de Itanhandu, no Sul de Minas, com 3,5 milhões de galinhas.

Subsecretário de Ações stratégicas visita Emater-MG e destaca papel da extensão rural

O subsecretário de Ações estratégicas da Presidência da República, Ariel Pares, disse na terça (25), em Belo Horizonte, que o governo federal considera importantíssimo o papel da extensão rural na construção de uma agenda de longo prazo para o país, que inclua a agricultura. “A assistência técnica e extensão rural é central. Eu diria que tem uma posição de destaque porque ela além de fazer a ponte entre a inovação, produção e mercado, organiza o mundo rural”, argumentou.

Em visita à sede da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), em que foi recebido pelo presidente José Silva, Ariel Peres garantiu que a intenção do governo federal é dar à agricultura uma dupla missão. “A primeira é fazer com que a agricultura venha a ocupar um lugar de destaque no projeto de desenvolvimento nacional, a partir de uma posição de liderança no mercado internacional de commodities de alimentos. A segunda é que isso não se faça sem pensar a organização socioeconômica do núcleo rural e é importante, associado a esse objetivo ambicioso, a construção de uma classe média rural”, explicou, ao justificar a visita à empresa pública mineira de extensão rural.

Para o presidente José Silva, que apresentou ao representante da Secretaria de Ações Estratégicas da Presidência da República, o cenário das ações em Minas e no país, por meio do trabalho “Extensão Rural no Brasil, avanços e perspectivas”, a extensão rural é uma ferramenta essencial de garantia de políticas públicas. “A extensão rural possibilita a criação e implementação de políticas públicas para o desenvolvimento rural sustentável, em todo o Brasil, o que é uma das condições para a diminuição das desigualdades sociais, aumento da oferta de emprego e promoção da segurança alimentar”, disse.

Produção de cana também sofre redução

A cana-de-açúcar na região do Triângulo Mineiro estava entre as principais produções no agronegócio. No entanto, de uns meses para cá, de acordo com o agrônomo e zootecnista Antônio Garcia, a cana está perdendo a sua posição inicial.

"Ela chegou a concorrer, mas, referente ao plantio, está sofrendo perdas", afirma.

O apontamento para com a produção de cana-de-açúcar foi de R$ 77 mil, conforme dados da agricultura municipal.

Para Garcia, a redução das áreas de lavoura, inclusive de cana, acontece também pela alta dos insumos - uma tonelada de adubo, correspondendo, por exemplo, em 100%. (RV)

Fonte: Jornal de Uberaba, 28 de novembro

 

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