Exportação de milho cresceu 94,2% em novembro, divulga Secex
2/12/2008 09:19:30



São Paulo - Os embarques de milho para o exterior cresceram 94,2% em novembro na comparação com outubro. O crescimento reflete a valorização do dólar sobre o real e a queda nos preços do milho, que tornaram o cereal brasileiro mais competitivo. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Brasil exportou no mês passado 775 mil toneladas, ante 398,9 mil toneladas em outubro.

Apesar da reação das vendas externas de milho, os números de novembro ainda estão abaixo do que foi registrado em novembro de 2007, quando o País exportou 1,274 milhão de toneladas do grão. No acumulado do ano, as vendas externas do cereal somam 5,047 milhões de toneladas, volume 49,6% menor que o embarcado nos 11 meses de 2007, que foi de 10,018 milhões de toneladas.

O preço médio do milho exportado pelo Brasil em novembro foi de US$ 202 a tonelada, ante US$ 237,4 em outubro, queda de 15%. Na comparação com novembro de 2007, o preço do milho exportado no mês passado é 4,5% maior. Em novembro de 2007, o preço médio do milho embarcado foi de US$ 192,9 a tonelada.

Café

A receita cambial com exportação de café alcançou US$ 431,6 milhões em novembro (20 dias úteis), o que representa elevação de 26% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o faturamento foi de US$ 342,8 milhões, segundo levantamento divulgado pela Secex. O volume embarcado em novembro foi de 2,857 milhões de sacas de 60 quilos, com elevação de 21% sobre o mesmo mês de 2007, quando foram exportadas 2,355 milhões de sacas.

Os resultados de novembro, no entanto, apresentam queda na comparação com o mês anterior. Conforme os dados do governo, a receita cambial de novembro é 9% inferior à de outubro (US$ 473,7 milhões). O volume embarcado recuou 3,7% no período (2,969 milhões de sacas em outubro).

Algodão

A receita com as exportações brasileiras de algodão em vinte dias úteis de novembro somaram US$ 93,2 milhões, queda de 2,2% em relação aos US$ 95,3 milhões obtidos em igual período de 2007, mostram os dados da Secex. Na comparação com o mês de outubro, que teve 22 dias úteis, quando as vendas renderam US$ 142 milhões, a queda foi de 34,4%.

Houve uma queda de 7,8% no volume exportado para 71,1 mil toneladas, ante as 77 mil toneladas embarcadas em novembro de 2007. Na comparação com outubro, quando o Brasil exportou 106,4 mil toneladas, o recuo foi de 33,3%.

Carnes

As exportações brasileiras de carne bovina, suína e de frango em novembro caíram em relação a outubro e também são menores na comparação com novembro de 2007. Segundo dados da Secex divulgados pelo MDIC, os embarques de carne suína in natura caíram 43,8% sobre outubro. Os de carne bovina in natura recuaram 36% e os de carne de frango in natura, 27,2%. Na comparação com novembro de 2007, o recuo é de 53,6%, 42,7% e 21,8%, respectivamente.

Em novembro, o Brasil embarcou para o exterior 22,4 mil toneladas de carne suína in natura, ante 39,9 mil toneladas em outubro e 48,3 mil toneladas em novembro de 2007. Os embarques de carne bovina somaram 56,7 mil toneladas contra 89,3 mil toneladas em outubro e 99,1 mil toneladas em novembro do ano passado. Já as exportações de carne de frango in natura totalizaram em novembro 206,5 mil toneladas contra 283,9 mil toneladas em outubro e 264,3 mil toneladas em novembro de 2007.

O preço médio das carnes exportadas aumentou na comparação com novembro do ano passado. No mês passado, o preço médio da carne suína exportada foi de US$ 2.996,9 a tonelada ante US$ 2.337,1 a tonelada um ano atrás. O preço médio da carne bovina foi de US$ 3.986,8/t contra US$ 3.107,1/t em novembro de 2007.

O preço da carne de frango embarcada foi de US$ 1.736,9/t ante US$ 1.534,0/t no mês de novembro do ano passado. A receita com as exportações de carne suína in natura em novembro foi de US$ 67,2 milhões, com carne bovina in natura, de US$ 225,9 milhões e, com carne de frango in natura, de US$ 358,7 milhões.

Soja

As exportações brasileiras de soja em grão tiveram uma retração de 14,5% no volume exportado no mês de novembro, em comparação ao mesmo período de 2007. No mês passado foram embarcadas 723,6 mil toneladas de soja em grão, volume bem inferior as 846,7 mil toneladas em novembro do ano passado. Em comparação a outubro, o volume embarcado também apresentou desaceleração e recuou 31,8% em relação as 1,06 milhão de toneladas negociadas no mês anterior.

Apesar da queda no volume, a receita com as exportações de novembro cresceu 7,2% sobre o desempenho de novembro de 2007. No mês passado, a arrecadação com as vendas externas de soja foi de US$ 311,2 milhões. Em comparação a outubro, no entanto, o resultado foi 40,7% inferior aos US$ 524,6 milhões. Com o resultado do volume e da receita, o preço médio da tonelada de soja exportada pelo Brasil em novembro foi de US$ 430. O resultado superou em 25,4% o observado em novembro do ano passado, ficou 13% abaixo do desempenho de outubro deste ano.

Em relação às vendas de farelo de soja, o Brasil exportou no mês passado 1,04 milhão de toneladas do produto, gerando uma receita de US$ 351,8 milhões. Em comparação ao mesmo período do ano passado, o desempenho de novembro representa um crescimento 77,9% em volume e 103,4% em receita. Já em relação em outubro, as vendas do mês passado reduziram o ritmo e recuaram 7,4% em volume e 10,5% em receita. Com esse cenário, o preço médio do farelo em novembro foi de US$ 338 por tonelada, valor 14,3% superior a novembro de 2007 e 3,4% menor que outubro deste ano.

Já as exportações de óleo de soja somaram 107,6 mil toneladas em novembro, com receita de US$ 96,2 mil e um preço médio de US$ 894 por tonelada. Com exceção do preço médio, que teve um crescimento de 10,3% em comparação a novembro de 2007, as vendas externas recuaram 21,9% em volume e 13,8% em receita, em comparação ao mesmo período do ano passado. Na comparação a outubro deste ano, o resultado do mês passado representa uma queda de 54,8% em receita, de 42,5% em volume e de 21,5% no preço médio do produto.

Fonte: Agência Estado, 1º de dezembro

 

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