11/12/2008 11:40:08
A produção de carne suína deverá encerrar 2008 em 3,03 milhões de toneladas, 1,67% acima do que foi registrado no ano passado (2,98 milhões). Para 2009, a previsão da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) é que o número chegue a 3,1 milhões de toneladas.
Durante almoço com a imprensa nesta tarde, o presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto, reconheceu que 2008 foi um bom ano para o setor, que já sente os efeitos da crise com o encarecimento e dificuldade de acesso ao crédito. Além disso, os exportadores também sofrem com os problemas decorrentes das chuvas em Santa Catarina e as limitações no Porto de Itajaí.
"Este ano vinha muito bem, com a produção crescendo, preço aumentando, consumo interno aquecido e exportações estáveis. A crise já nos impactou. Ainda estamos otimistas, mas é difícil precisar com segurança como será 2009. A volatilidade do câmbio continua dificultando a conclusão de negócios", informou Neto.
Como saldo positivo de 2008, o presidente da Abipecs lembra da abertura dos mercados dos Estados Unidos, Chile e do Japão para a carne suína brasileira.
Para o próximo ano, a expectativa é a reabertura do mercado chinês.
Apesar da dificuldade de acesso ao crédito e riscos de recessão mundial, os produtores de carne suína podem se beneficiar de um dólar mais valorizado e dos baixos preços do milho.
"O Brasil pode ser muito competitivo em 2009, mas isso só poderemos afirmar a partir de abril ou maio", completa Neto.
Durante o encontro, o presidente da Abipecs não poupou críticas ao governo federal que, segundo ele, tem sido lento em adotar medidas anti-cíclicas. Ele sugeriu a desburocratização na liberação de recursos do Banco do Brasil para os produtores para se evitar impactos maiores da crise financeira. As informações partem da Agência Leia.
Fonte: Último Segundo, 8 de dezembro