FAEG pede ao Ministério que priorize leilões de Pepro para milho
31/7/2009 10:17:56



A Federação de Agricultura de Goiás (Faeg) pediu ao Ministério da Agricultura que priorize a realização de leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) para milho e eleve o valor do subsídio para viabilizar o escoamento do grão até o porto e de lá possa ser vendido ao mercado externo. Adriano Vendeth, assessor técnico da entidade, disse hoje que a decisão de intercalar leilões de Pepro e de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) não está surtindo o efeito desejado, de sustentação de preços.

Ao contrário, os produtores do Estado estão encontrando dificuldades para comercializar o produto, o que tem pressionado as cotações.

No leilão de Pepro, quem recebe o prêmio é o produtor, que depois precisa comprovar ao governo que escoou o milho para outras regiões. No leilão de PEP, é a própria empresa consumidora que recebe o prêmio, desde que pague ao produtor o preço mínimo de garantia, que em Goiás é de R$ 16,50/saca. "Os produtores receberam o prêmio e não estão conseguindo vender o milho", diz Vendeth. Segundo ele, o Pepro de R$ 2,16/saca também limita a operação. "O milho precisaria ser escoado para o mercado externo e no porto o preço caiu para R$ 18,50/saca."

Segundo o assessor, outra preocupação no Estado é com a falta de armazéns credenciados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para receber milho dos contratos de opção de venda, que deverão ser exercidos a partir de agosto. "Não há armazéns para receber o produto. E este é um problema para o qual alertamos o governo há anos: é preciso facilitar o credenciamento de armazéns para recebimento de milho no Centro-Oeste", disse. No Mato Grosso, com a colheita da safrinha em fase final, muitos produtores estão deixando o milho a céu aberto, segundo a associação de produtores.

Os preços do milho em Goiás são apenas nominais - R$ 14,50/saca e R$ 15/saca, sem demanda. No Paraná, parou de chover e a colheita foi retomada, mas as ofertas no mercado de lotes não cresceram. Segundo um corretor, não havia vendedores nesta quinta-feira. Os preços não oscilaram em relação a ontem: R$ 16,50/17,00 (compra) e R$ 17,50/18,00 (venda).

Fonte: Último Segundo, 30 de julho

 

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