Baixo preço do milho em Goiás deixa produtores apreensivos
5/8/2009 11:36:50



A situação dos produtores de milho em Goiás não é das mais confortáveis. Segundo o presidente da Comissão de Grãos, Fibras e Oleaginosas, Alécio Maróstica, o estoque de milho é muito alto e os mecanismos de venda propostos pelo governo não estão sendo suficientes. Na última semana houve um leilão de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP), e segundo o analista de mercado da Faeg, Pedro Arantes, o governo deve realizar mais quatro leilões de milho a partir deste mês de agosto.

O valor do milho negociado está R$ 5,50 abaixo do custo de produção que são R$ 18 a saca. Através dos leilões o milho é vendido pelo preço mínimo de R$ 16,50, mas fora dos leilões o valor máximo conseguido é R$ 13.

De acordo com Maróstica, as sobras de milho são muito grandes, as políticas de comercialização não estão surtindo efeito e o produtor vai ficar com o prejuízo. Ele explica que o governo federal está fazendo a programação para a próxima safra, mas não se preocupa em resolver os problemas desta, que está em pleno período de comercialização. “Da maneira como tudo tem ocorrido o produtor vai entrar na próxima safra endividado,” relata.

Outro problema que também acomete o produtor é a falta de armazéns para estocar os grãos até conseguir preços melhores. Há falta de armazéns e caso resolva vender a produção em um dos leilões da Conab, o milho deverá estar guardado somente em armazém credenciado pela Conab. Devido a este cenário, muitos produtores vão trocar o milho por outra cultura ou diminuir a área plantada na próxima safra. O presidente da Comissão de Grãos da Faeg pede cautela ao produtor e diz que não há previsão de aumento no preço do milho nesse momento. (Karine Rodrigues - Departamento de Comunicação do Sistema Faeg/Senar)

Fonte: Agrolink, 4 de agosto

 

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