6/8/2009 11:46:08
O governo federal vai realizar mais leilões de milho. A decisão foi tomada no final da tarde desta quarta-feira (05.08) após reunião interministerial (Planejamento, Fazenda e Agricultura). A previsão é de que no início da próxima semana o aviso do próximo leilão seja publicado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O valor a ser liberado pelo governo para a realização de novas ofertas ainda não foi definido.
Na terça-feira, as 500 mil toneladas do grão colocadas à venda por Mato Grosso foram comercializadas via Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro). Já os próximos leilões estavam em aberto por falta de orçamento fiscal, apesar da publicação da Portaria Interministerial nº 509 autorizando as ofertas.
Para o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT), Glauber Silveira, os resultados obtidos até o momento mostram que o estado precisa da continuidade dos leilões para amenizar o desequilíbrio entre o valor imposto pelo mercado local (R$ 9 a R$ 12) e o preço mínimo (R$ 13,20) estipulado pelo governo.
“Estamos trabalhando para que na próxima safra possamos aumentar em pelo menos 1 milhão de toneladas a capacidade de armazenamento do milho no estado. Não podemos mais ficar à mercê dos compradores para a formação de preços no mercado local, por isso temos que buscar alternativas e se necessário comprar armazéns por meio de cooperativas. Temos que unir forças”, pontua Glauber.
No leilão de Pepro desta terça-feira o deságio ainda foi alto em relação ao prêmio máximo, contudo foi menor que o registrado na primeira oferta de Pepro realizada no dia 21 de julho, o que mostra a importância do atendimento do governo ao pedido da Aprosoja/MT de aumentar o volume ofertado pelo estado.
Mato Grosso possui um saldo de 5,22 milhões de toneladas de milho para serem escoadas. No leilão desta terça-feira, todo o volume ofertado por Mato Grosso foi comercializado com deságios de 30,1% para a região Norte (prêmio máximo de R$ 5,46 e prêmio final de R$ 3,82) de 30% para o Médio-Norte (máximo de R$ 4,86 e final de R$ 3,40) e Sul (máximo de R$ 4,26 e final de R$ 1,49).
Fonte: Tô sabendo, 5 de agosto
