PEP do milho terá participação das empresas, diz Aprosoja
28/8/2009 09:55:12



Representantes da Aprosoja em Lucas do Rio Verde, disseram ontem que dia 28, sexta-feira, o governo dará seqüência aos leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP), para fornecer sustentação ao preço do milho, com a inédita participação das empresas comercializadoras.

Representantes da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja) em Lucas do Rio Verde, disseram ontem que dia 28, sexta-feira, o governo dará seqüência aos leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP), para fornecer sustentação ao preço do milho, com a inédita participação das empresas comercializadoras.

De acordo com a entidade, os subsídios serão redirecionados aos empresários exportadores, assim que o governo certificar-se do depósito feito por eles na conta do produtor.

Pela nova deliberação o governo comercializará 500 mil toneladas de milho neste primeiro leilão, com 400 mil toneladas para as regiões Norte e Médio Norte do estado (200 mil ton. cada), e 100 mil toneladas para a região Sul.

O subsídio ofertado pelo governo chegou em 6,66 reais por saca para a produção oriunda da região 3 (Sorriso), 6,06 reais para o milho colhido na região médio norte (Lucas do Rio Verde), e 5,46 reais para o milho ensacado na Região Sul (Rondonópolis).

Além deste leilão programado para sexta-feira, 28, o governo prometeu realizar nas próximas semanas mais dois leilões de PEP (sistema de apoio para os compradores escoarem a produção), de 500 mil toneladas cada, e um leilão de Pepro – mecanismo em que o produtor participa diretamente ofertando o milho.

A coletiva que repassou as informações no começo da noite de ontem na sede do Sindicato Rural de Lucas do Rio Verde contou com a participação de Neri Geller, vice presidente Norte da Aprosoja , Julio Cinpak, conselheiro fiscal da entidade e presidente do Sindicato Rural do Município, Carlos Simon, vice presidente do Sindicato Rural, e do Delegado Coordenador da Aprosoja em Lucas do Rio Verde, Carlos Henrique Baqueta Favaro.

Luta

A retomada dos leilões foi encarada com uma vitória dos produtores, especialmente da Aprosoja de Mato Grosso, que para as negociações interviu diretamente junto ao governo federal.

Segundo o vice-presidente Norte da Aprosoja, Neri Geller, aceitar as reivindicações da categoria agrícola, que atravessa uma crise na comercialização do milho em função da queda do preço do produto, e fazer com que o governo liberasse novamente o PEP, foi uma queda de braço travada especialmente com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que sensibilizado, acredita ele, aceitou publicar novamente o edital oficializando a deliberação.

“O Guido Mantega não havia concordado com o nosso pedido”, revelou Geller, que uma das dificuldades encontradas estava no próprio Ministério da Fazenda, da qual Mantega é ministro.

Segundo Geller, “mais uma vez a participação da Aprosoja, que articulou uma bancada forte composta do apoio do governador do estado, Blairo Maggi, do presidente da Assembléia Legislativa de Mato Grosso, José Geraldo Riva, e do diretor geral do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antonio Pagot, foi determinante para que houvesse esta rodada de negociações pela abertura dos novos leilões”

“Se esses leilões tivessem acontecido há 90 dias, não estávamos vivenciando o caos estabelecido hoje, com ameaças reais de mais prejuízos por conta do início do período de chuvas”, ressaltou.

Até semana passada Lucas do Rio Verde possuía acumulado centenas de milhares de milho do lado de fora dos silos por conta da falta de espaço para armazenar adequadamente o produto, em função da falta de comercialização provocada pela baixa rentabilidade para escoar a safra, que atingiu em Mato Grosso mais de 7 milhões de toneladas.

Com a chegada dos novos leilões, a expectativa é de reviravolta neste cenário.

Fonte: Expresso MT, 25 de agosto

 

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