05/03/07 08:10:30
Pequim - Preocupada com a segurança alimentar, a China estuda limitar a expansão do uso de milho para produção de etanol nos próximos anos, de acordo com a Academia para Pesquisa Macroeconômica do governo. Na avaliação do grupo, o crescimento da indústria de etanol pode ter impacto negativo sobre a oferta de grãos no país.
"Tal receio tornará difícil a expansão da demanda industrial por milho", afirmou Lan Haitao, pesquisador da academia, órgão consultivo da Comissão Nacional para Desenvolvimento e Reforma na elaboração de programas.
Lan afirmou que a China pretende controlar o processamento de milho através de programas ligados à terra, financiamento e tarifa. A produção de grãos na China cresceu 2,8%, para 497,46 milhões de toneladas em 2006, de acordo com dados do Escritório de Estatísticas Nacional. O objetivo do governo é elevar a produção anual para 500 milhões de toneladas até 2010, praticamente igualando o balanço entre oferta e demanda, cujo volume também é estimado em 500 milhões no mesmo período.
Desde dezembro, o governo chinês procura limitar os investimentos para o etanol com o intuito de barrar o "excesso de investimentos". Novos projetos ou planos de expansão de unidades processadoras dependem de aprovação do governo. A China pretende estimular a produção de etanol a partir de outros materiais, além dos grãos. O país é o terceiro maior produtor e consumidor do combustível, atrás do Brasil e Estados Unidos.
Fonte: Estadão, 2 de março