Grande safra de milho é fundamental para os EUA
22/10/2009 08:30:07



Sydney - Os mercados de grãos estão vulneráveis a altas de preços a curto prazo uma vez que a oferta encontra problemas para atender a demanda apesar das projeções de uma safra robusta nos Estados Unidos, disse o diretor-executivo da FCStone nesta terça-feira.

Pete Anderson afirmou que a demanda por milho e soja está perto do nível recorde, garantindo um mercado apertado apesar de estimativas apontarem que os EUA terão a melhor safra de soja na história e a segunda melhor de milho.

Os EUA são os maiores exportadores de soja e milho do mundo.

"Se você olhar para o milho nos Estados Unidos por exemplo, com a demanda que há para o etanol, mesmo se nada mudar ainda será necessário aumentar as safras recordes ano após ano", disse Anderson à Reuters durante visita a Austrália, referindo-se à determinação do governo norte-americano para aumentar o uso do combustível renovável.

"É preciso reconhecer que com a demanda subindo para o etanol, isso é um fator importante na demanda por milho e também tem um impacto na soja.".

Toda primavera os produtores dos EUA calculam quanto de milho e soja eles devem plantar com base nos prováveis retornos, no que é conhecido como "a batalha dos acres".

Anderson disse que produtores devem priorizar o milho, especialmente por conta da obrigatoriedade do uso de etanol nos EUA subir para 12 bilhões de galões em 2010 e 15 bilhões até 2015, ante 10,5 bilhões de galões este ano.

Ele disse que a preocupação do mercado com os atrasos na colheita de soja e milho por conta do clima nos EUA realçaram a forte demanda.

"O problema real é porque a demanda é muito forte, se nós tivermos qualquer tipo de problema, seja relacionado ao tempo ou de produção...isso irá provocar volatilidade", disse Anderson.

A demanda da China por produtos agrícolas como a soja deve se manter forte, após aquisições recordes de grãos norte-americanos.

"Eu realmente acredito que a demanda por soja na China vai continuar aumentando uma vez que eles vão querer manter as reservas por motivos de segurança", acrescentou Anderson.

Fonte: O Globo, 20 de outubro

 

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