PR tira o atraso na soja e avança com o milho
11/11/2009 08:48:17



Para compensar o atraso no plantio causado pelo excesso de chuvas no mês passado, os produtores paranaenses correm contra o tempo. Eles aproveitam o sol forte e o calor intenso que predominam desde a última semana de outubro para avançar com as plantadeiras. A prioridade foi a soja, pelo maior risco climático. Em uma semana de clima seco, o Paraná tirou o atraso no plantio da oleaginosa e diminui a diferença no milho. O estado começou o mês de novembro com metade das lavouras de soja implementadas e quase 90% do cereal no campo, conforme levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual da Agricul-tura e do Abastecimento (Seab). Em sete dias, o plantio avançou, respectivamente, 25 e 11 pontos porcentuais.

Num giro pelas lavouras paranaenses, o que se vê agora é um cenário bem diferente do de um mês atrás. Há quatro semanas, quando uma equipe de técnicos e jornalistas da Expedição Safra da RPC passou pela colônia Witmarsum, em Palmeira, nos Campos Gerais, o produtor Artur Sawatzky exibia máquinas paradas no galpão. Sob muita chuva, não conseguia avançar com o plantio do milho e sequer tinha começado a semear a soja. Quando as precipitações deram uma trégua, não perdeu tempo. Em pouco mais de uma semana de sol, conseguiu concluir o plantio do cereal e colocar praticamente em dia a semeadura da oleaginosa.

Com 12% dos 130 hectares que vai destinar à soja cultivados, ele conta que os trabalhos de campo tiveram de ser novamente suspensos na semana passada. “O normal nesta época do ano seria ter soja já nascida, mas a área que plantei ainda não nasceu. Agora estou esperando uma chuvinha para retomar o plantio. Se o clima for bom, o atraso não deve interferir no rendimento”, prevê Sawatzky.

Semeado com 20 dias de atraso, o trigo que vai dar lugar à soja só deve começar a ser colhido em meados de novembro na propriedade do produtor Klaus Ferder, em Guarapuava, também nos Campos Gerais. O atraso na safra de verão, contudo, não desperta grande preocupação. Com chuvas regulares e abertura de sol de agora em diante, os trabalhos de campo tendem a deslanchar e a tarefa ainda pode ser concluída dentro do período recomendado.

Segundo órgãos oficiais de meteorologia (Inmet e Inpe), as chuvas devem continuar acima da média no estado entre novembro de 2009 e janeiro de 2010. A umidade deve vir acompanhada de altas tremperaturas, combinação favorável ao desenvolvimento das culturas de verão. Institutos privados confirmam o prognóstico. Os mapas do Somar Meteorologia, por exemplo, indicam acumulados superiores a 50 mm para boa parte do Paraná nesta semana, resultado de uma frente fria que chegou ao Sul do país na semana passada e agora se desloca para o Centro-Oeste brasileiro.

Fonte: Agrolink, 10 de novembro

 

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