CNI debate uso dos biocombustíveis na matriz energética do país



25/08/06 10:55:17



O aumento do volume de biodiesel negociado nos leilões da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a alta dos pedidos de financiamentos aos bancos oficiais de fomento e os recentes anúncios de construção de usinas de produção do combustível renovável comprovam que o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) finalmente saiu do papel. Os diversos agentes envolvidos na cadeia produtiva (agricultores, pesquisadores, beneficiadores, distribuidores e revendedores), além do próprio governo, sabem, porém, que alguns ajustes precisam ser feitos para garantir que os objetivos iniciais do programa, como inclusão social, preços competitivos e redução da poluição ambiental, sejam efetivamente atingidos.

Com a preocupação de debater as nuances dessa nova cadeia produtiva, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) promove, na próxima quarta, em Brasília, o 1º Encontro Nacional do Biocombustível, com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ministros, técnicos e industriais.

– Em uma reunião abrangente entre governo e iniciativa privada, discutiremos o tema em seus aspectos econômico, social e ambiental – antecipa o presidente da CNI, Carlos Eduardo Moreira Ferreira.

Serão discutidos o andamento do programa, a fiscalização do produto, os rumos do mercado e as oportunidades de negócios, entre outros pontos.

– Está claro que nos próximos anos a expansão do mercado de biocombustíveis pode contribuir para a ampliação do parque industrial brasileiro, com geração de renda e criação de milhares de postos de trabalho – continua Moreira Ferreira.

Ele lembra que o Brasil pode ser um dos líderes mundiais no setor, por ter clima propício, grandes ¡reas cultiváveis, diversidade de sementes oleaginosas das quais se pode extrair o combustível vegetal (soja, mamona, pinhão manso, babaçu, dendê, amendoim, algodão, girassol, entre outras) e tecnologia de ponta. O momento é mais do que propício para o investimento em alternativas energéticas de fontes limpas e renováveis, afirma o presidente do Conselho de Administração da Brasil Ecodiesel, Jorio Dauster.

O álcool, biocombustível em que o Brasil é líder de produção, também fará parte dos debates do Encontro promovido pela CNI, uma vez que o país foi pioneiro nessa indústria e conseguiu construir um modelo sustentável. Os erros e acertos do Pró-Álcool serão discutidos para que se possa utilizar no PNPB a experiência adquirida.

Fonte: Agrol, 25/08/06

 

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