CATI lança campanha para incentivar a “safrinha” de milho
5/2/2010 10:29:53



A Coordenadoria de Assistência Técnica Integral – CATI, está lançando a campanha “Milho Safrinha 2010”. O objetivo é levar informações sobre a cultura aos produtores rurais através das Casas da Agricultura.

Além disso, está previsto envio de material por mala direta, além da comercialização de sementes certificadas.

O milho safrinha é cultivado sob sequeiro, após a colheita da safra de verão, e é uma lavoura de maior risco quando semeado muito tarde devido às poucas chuvas e ou ocorrência de geadas no outono-inverno. A campanha visa alertar os agricultores ou lembrá-los dos cuidados simples, e praticamente sem custos, que conduzem a uma cultura de sucesso e minimizam os riscos de perdas.

Técnicos da CATI, em parceria com o Instituto Agronômico de Campinas (IAC/Apta), vêm ajudando a avaliar as variedades AL 25, AL 34 e AL Bandeirante, que serão vendidas nas Casas da Agricultura. Suas principais características são a rusticidade, a adaptação a diversos tipos de solo e a boa tolerância ao ataque de pragas e às adversidades climáticas (veranicos), o que as torna excelentes para a safrinha.

O pesquisador científico Aildson Pereira Duarte, do Programa Milho da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, que há anos vem pesquisando sobre a produção do milho na “safrinha” elaborou uma série com dez fundamentos básicos para o agricultor obter bons resultados na lavoura e lucro na safrinha. Com base nessas normas e com outras informações, foram produzidos cerca de três mil folderes para serem enviados aos agricultores do Estado.

Duarte explica que antigamente os agricultores utilizavam pouca tecnologia e a produção apresentava alto risco e baixo retorno econômico. A partir da difusão e adoção desses novos conhecimentos, a cultura se consolidou. “A campanha vai melhorar essa situação, pois as técnicas apresentadas aos produtores têm embasamento científico, o que oferece segurança nas recomendações”, garante o pesquisador.

O coordenador da CATI, José Luiz Fontes, acredita que a campanha seja uma ótima maneira para incentivar a produção do milho safrinha. “Para isso, as Casas da Agricultura irão dar informações sobre plantio, tratos culturais, colheita e variedades, além de disponibilizar sementes”.

Celso Cação, diretor do Núcleo de Produção de Sementes da CATI em Paraguaçu Paulista, no Vale do Paranapanema, acredita que neste ano haverá boas perspectivas para a safrinha. “Muitos agricultores não irão plantar trigo, por problemas comerciais aqui no Vale, portanto, vão aderir à cultura do milho no outono”, explica.

Já Gerson Cazentini, engenheiro agrônomo do núcleo de produção da CATI em Fernandópolis, afirma que a campanha chegou em uma boa hora. “Os agricultores da região oeste estão com poucos recursos, pois os preços dos produtos agrícolas estão muito baixos. Segundo ele, as sementes da CATI atraem, não só pelo preço, mas pela produção de grãos e de palha, que ficará no campo para a próxima cultura.

De acordo com o diretor do Departamento de Sementes e Mudas da CATI, Armando Azevedo Portas, os sacos de sementes de milho com 20 quilos vão custar 40 reais, e os de cinco, R$10,00. “Esses preços são um convite para o agricultor fazer uma safrinha de qualidade com pouco gasto, mas com resultados econômicos reais”, afirma.

Fonte: Suzete Rodrigues / Nathália Sena
CATI - Assessoria de Imprensa
www.cati.sp.gov.br / (19) 3242-2600 - 3743-3715


Guilherme Viana (MTb/MG 06566 JP)
Jornalista / Embrapa Milho e Sorgo
Tel.: (31) 3027-1223
gfviana@cnpms.embrapa.br

 

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