Avança a colheita do milho no RS
18/2/2010 10:56:46



Com o tempo seco verificado na maioria das zonas produtoras, a colheita de milho avançou para 22% do total da área no Rio Grande do Sul, com outros 19% maduros e prontos para serem colhidos.

Conforme o Informativo Conjuntural, elaborado pela Emater/RS-Ascar, os rendimentos seguem surpreendendo positivamente, com as lavouras alcançando médias bem acima dos anos anteriores em todas as regiões produtoras. Para as lavouras que se encontram em desenvolvimento, floração e enchimento de grãos, as condições meteorológicas registradas no último período foram consideradas boas, apesar das altas temperaturas, mantendo o bom padrão da maioria delas.

As condições da semana, especialmente o tempo mais seco, permitiram também um bom avanço da colheita do feijão, com os agricultores evoluindo 15 pontos percentuais, chegando aos 80% da área semeada. Estima-se que até o final do mês, a grande maioria dos produtores já terá concluído a safra, ficando apenas as pequenas lavouras de propriedades sem mecanização e de produto para autoconsumo.

A soja entra nas fases de floração, formação de vagens e em desenvolvimento vegetativo em bom estado. Casos pontuais de ataque de pragas ou aparecimento de doenças fúngicas, em especial a Ferrugem Asiática, têm sido combatidos pelos produtores. Segundo a presidente interina da Emater/RS, Águeda Marcéi Mezomo, a perspectiva de um período de chuvas para as próximas semanas, segundo a meteorologia, dá ao produtor uma certa tranquilidade, projetando também para a soja, uma excelente safra.

O kiwi, na Serra Gaúcha, está sendo altamente beneficiadopelas frequentes chuvas que vêm ocorrendo na região. Se persistir até a colheita esse quadro atual, com bom estado fitossanitário e a alta quantidade de frutos por planta, a produção desta safra será muito elevada, considerando-se que a cultura já se encontra no estágio predominante de frutificação.

Na maior e mais tradicional região vitivinícola do País, verifica-se a intensificação da colheita nos municípios produtores.Paravariedades como a Bordô, uva destinada para suco, estão sendo pagos valores que variam entre R$ 0,65/kg a R$ 0,70/kg. O preço médio pago pela variedade Niágara Rosa, comercializada para consumo in natura, está em cerca de R$ 1,00/kg. Verificam-se reflexos negativos do excesso de chuvas na qualidade de alguns produtos, como por exemplo na uva variedade Bordô, onde vários parreirais estão atingindo graduação média de apenas 12 graus Brix, considerada muito baixa. Constata-se a ocorrência, com intensidade não verificada em anos anteriores, de “secamento do raquis” acompanhado de murchamento das bagas de todo ou de parte do cacho, em variedades como Merlot e Itália. Em levantamento realizado na semana passada nos vinhedos de Bagé, constatou-se a ocorrência de perdas de até 70% em algumas áreas, devido, principalmente, às elevadas precipitações ocorridas e o surgimento de doenças fúngicas (antracnose e míldio). Também a ocorrência de ventos fortes e a queda de granizo afetaram alguns parreirais.

Segundo a Emater, esse quadro, combinado com a intensa insolação, continua propiciando uma excelente condição para o desenvolvimento das forrageiras de verão. Isso vem sendo demonstrado pelo expressivo volume de forragem obtido no campo nativo, nas capineiras, assim como pastagens perenes e anuais. O mesmo vem ocorrendo com as lavouras de milho destinadas à produção de silagem. Os rendimentos obtidos nas lavouras colhidas estão surpreendendo positivamente os agricultores, em termos de quantidade e qualidade. Em decorrência do excelente volume e superior qualidade das pastagens, na maioria das regiões de importância pecuária do Estado, é claramente perceptível à recuperação do rebanho bovino e seu excepcional ganho de peso.

Fonte: Raquel Aguiar
Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar
51-2125-3106 / www.emater.tche.br


Guilherme Viana (MTb/MG 06566 JP)
Jornalista / Embrapa Milho e Sorgo
Tel.: (31) 3027-1223
gfviana@cnpms.embrapa.br

 

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