Safrinha de milho pode ser maior no Norte de Mato Grosso
23/2/2010 09:35:07



Agricultores de Mato Grosso devem aumentar a área plantada com milho safrinha. Apesar do preço baixo pago pelo grão, eles tem esperança de uma reação do mercado.

A lavoura de milho safrinha está maior este ano. Na fazenda do agricultor Paulo Lauxen, em Sinop, no norte de Mato Grosso, são mil hectares cultivados. Ele contou que não deve investir muito. Vai aplicar 30% a menos de adubo por hectare e economizar nos defensivos. Tudo porque o preço da saca não está agradando.

“Foi plantar com baixo custo e torcendo que o governo e a Conab entrem com um contrato de opção de compra de milho que daí até se torna viável. Agora, nos R$ 7,00 ou R$ 8,00 a saca eu não vejo futuro nenhum”, avaliou seu Paulo.

Mato Grosso é o maior produtor de milho safrinha do país. Segundo a Conab, Companhia Nacional de Abastecimento, a área cultivada este ano no Estado deve crescer 2,6% em relação à produção passada, quando se produziu mais de oito milhões de toneladas.

O período recomendado para fazer o plantio do milho safrinha em Mato Grosso é até a última semana de fevereiro. Mas a previsão é que esse trabalho possa se estender até o mês de março. Por isso, os agricultores acreditam que a área cultivada no Estado deva aumentar.

“Os levantamentos que fizemos com o produtor, até essa primeira quinzena de fevereiro nós temos a mesma área plantada no ano passado. Com certeza, o plantio se estende até o final de fevereiro. Alguns até entra em março. Tudo vai depender de clima. Se o clima for igual ao do ano passado, com certeza absoluta o Estado ultrapassará os dez milhões de toneladas de milho”, explicou Antônio Galvan, presidente do Sindicato Rural de Sinop.

O Estado é o único onde a produção destinada ao milho safrinha está aumentando. Em todo país, a área plantada deve cair 3,4%, segundo a Conab.

Apesar da redução de área no país, a previsão da Conab é de uma produção de milho safrinha na casa dos 19 milhões de toneladas, com um aumento de 9,5% em relação ao colhido no ano passado.

Fonte: Globo Rural

 

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