Pará bate recorde na produção de milho e exige preço mínimo para produtores
4/3/2010 13:40:02



Com uma área plantada de 80 mil hectares e uma expectativa de produção de 260 mil toneladas de milho em 2010, o Pará pleiteiou ao ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, a inclusão do Estado no Prêmio de Escoamento da Produção (Pep), instrumento que permite ao governo garantir ao produtor ou à cooperativa o preço mínimo, sem necessidade de adquirir o produto.

O secretário de Agricultura, Cássio Pereira, que fez o pedido ao ministro, assinala que o Pará deu um salto de quantidade e qualidade, tanto em área plantada quanto na produtividade do milho. Na região do Capim, por exemplo, o maior pólo produtor do Estado, nos últimos 10 anos, o Estado saltou de 11 mil hectares para 73 mil hectares plantados, crescimento superior a 600%. Este ano, neste polo que inclui Paragominas, Ulianópolis e Dom Eliseu serão produzidas 180 mil toneladas de milho, que se somarão às 80 mil toneladas da região do Araguaia, o suficiente para abastecer a produção avícola daquela região.

Maior produtor de frango e ovos da região Norte, com 137.200 toneladas de frango e 217.600 caixas de ovos, o Pará gera aproximadamente R$ 310 milhões em receita. A produção destinada apenas ao abastecimento interno, gera emprego e renda o que demonstra a grande importância social e econômica da atividade avícola.

Nos últimos anos os avicultores vêm enfrentando grandes dificuldades para desenvolver a produção. A concorrência com outros estados da Federação, principalmente do Nordeste, vem provocando uma situação desconfortável no setor, visto que em algumas épocas do ano, a classe é obrigada a importar milho de outras regiões para produzir ração, aumentando o custo da produção, o que inviabiliza a comercialização com o setor de supermercados, maior comprador do estado.

A expectativa do Pará é incluir produtores de milho ao programa, além de garantir a participação do Estado no próximo leilão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para a aquisição de 20 mil toneladas do grão.

Por meio de leilão ocorre o pagamento da diferença entre o preço mínimo e o preço de mercado e pode ser usado para complementar o abastecimento em regiões deficitárias a partir de estoques privados.

O período de entressafra na produção de milho, que ocorre nos três primeiros e três últimos meses do ano, é considerado o mais danoso para os avicultores, o que não permite outra alternativa a não ser a importação de regiões produtoras a preços não competitivos se comparados com os de estados que estão inclusos no Pep.

Segundo Cássio Pereira, como já produzimos, a idéia é beneficiar nossos agricultores para que na entressafra estejamos importando o grão com menor custo e na safra sejamos exportadores do produto, com a possibilidade de comercializar também internamente.

"A grande vantagem é que estaremos beneficiando tanto quem produz a matéria-prima, quanto quem consome, além de esta ser uma oportunidade de criar aos nossos avicultores um novo canal de comercialização", argumentou Pereira.

Fonte: Secretaria de Comunicação do Governo do estado do Pará, com informações da Ascom/Sagri


Guilherme Viana (MTb/MG 06566 JP)
Jornalista / Embrapa Milho e Sorgo
Tel.: (31) 3027-1223
gfviana@cnpms.embrapa.br

 

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