Produtores do PR plantam capim braquiária em consórcio com lavoura de milho de inverno
9/7/2010 08:54:04



Produtores da região de Maringá, no Paraná, estão adotando cada vez mais o plantio de capim braquiária em consórcio com a lavoura de milho de inverno. As vantagens ficam guardadas no solo para a safra de soja, no verão.

O capim braquiária entre o milho promete deixar uma palhada que vai manter o solo mais úmido em períodos de estiagem e mais firme contra a erosão, em épocas de muita chuva. Como ocupa toda a área, também ajuda a "sufocar" a buva, erva daninha que tem se transformado em problema na soja de todo o país. O produtor Mauro Nazzari, de Maringá, espera ganhar mais de 15% em rentabilidade na soja com a técnica. Por isso, acredita que gastou pouco com o capim nos 120 hectares de milho.

— Foi uns R$ 40 o hectare, e eu gastei uns R$ 2 mil na área total. Mas vale a pena, pelo benefício — disse Nazzari.

A Cocamar, cooperativa da região de Maringá, no noroeste do Paraná, tem mais de 35 mil hectares de milho plantado em consórcio com a braquiária. É 95% mais do que os produtores adotaram no inverno passado. A mudança de hábito tem também benefícios previstos em lei.

Em fevereiro deste ano, o Conselho Monetário Nacional estabeleceu uma alíquota adicional de 3,9% ao Proagro, para o produtor que tiver o milho safrinha plantado em consórcio com o capim braquiária. A medida, em forma de resolução, reforça uma liberação anterior, do Ministério da Agricultura para esse tipo de plantio consorciado, quando estabeleceu o Zoneamento Agroclimático do milho, em dezembro de 2009.

Os agrônomos aconselham o plantio em consórcio especialmente no arenito, mas mesmo em outros tipos de solo, as vantagens aparecem em forma de renda.

— Vai depender muito do ano, mas há casos em que aumenta em 15%, 20% a produtividade. O ideal seria fazer uma rotação de culturas, mudar outras culturas, mas é uma maneira de suprir essa ausência de palha quando tira o milho safrinha, porque fica dois, três meses até plantar soja sem cobertura nenhuma — avaliou o agrônomo Adriano Bartchechen.

Fonte: Canal Rural


Guilherme Viana (MTb/MG 06566 JP)
Jornalista / Embrapa Milho e Sorgo
Tel.: (31) 3027-1223
gfviana@cnpms.embrapa.br

 

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