Famato espera incremento de 27% na produção de milho segunda safra
18/10/2011 09:16:39



Os agricultores mato-grossenses estão esperando aumento significativo na produção de milho segunda safra, na colheita 2011/12, levando-se em conta a ampliação da área reservada ao cereal, investimento em tecnologia e as chuvas começando no “tempo certo”.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, por exemplo, acredita que os dados da colheita do ano que vem podem ser bem melhores que os da previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

“A Conab deve estar sendo muito conservadora, mas de qualquer forma, percebemos uma tendência muita clara dos produtores em plantar mais a segunda safra e em investir em tecnologia, ou seja, colocar mais insumos para a produção, que é principalmente a de milho. Isso fatalmente vai trazer uma safra maior. Estamos estimando em torno de 27% a mais de milho já no ano que vem”, disse, em entrevista ao Globo Rural.

O investimento na segunda safra também está ligado aos preços praticados pelo mercado – flertando com R$ 20 a saca de 60 quilos, na safra 2010/11. Os preços dos contratos futuros também animam os agricultores e a maioria já vendeu cerca de 50% do milho que ainda será semeado em janeiro. As cotações do cereal na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta segunda-feira, por exemplo, está em US$ 6,30 o bushel para liquidez em maio – convertido para o peso e a moeda nacional, gira em torno de R$ 25 por saca.

Os valores na CBOT – que praticamente “ditam” as cotações de commodities agrícolas nas bolsas pelo mundo afora – são sustentados pela crescente demanda pelo milho, dizem analistas de mercado ouvidos pela reportagem. Anúncio do Ministério da Agricultura da China corrobora para os agricultores mato-grossenses manterem o foco na produção do cereal.

Além de importar cerca de 1,7 milhão de toneladas neste ano, o governo chinês divulgou que a demanda vai crescer ano a ano. Em 2020, o país deverá consumir 20 milhões de toneladas de milho, que serão importadas. Os dados constam de um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Cngrain. De acordo com o estudo, o aumento do consumo de proteínas pelos chineses será o incentivador das importações.

A China já é o segundo maior consumidor e produtor de milho do mundo. Daqui a dez anos, porém, precisará importar mais cereal para atender a demanda decorrente do crescimento populacional e econômico. Chen Xiaohua, ministro da agricultura, afirmou que, como os chineses estão comendo mais produtos à base de carne, o país demandará mais cereais para produzir ração e produtos industrializados. Com informações do G1.

Fonte: Tô Sabendo


Guilherme Viana (MTb / MG 06566 JP)
Jornalista da Embrapa Milho e Sorgo
Tels: (31) 3027-1272 / (31) 9733-4373
gfviana@cnpms.embrapa.br

 

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