Preço recua quase 27%
19/06/2012 08:26:19



Conforme análise do Imea, a saca passou de uma média de R$ 19,25 na 1ª quinzena de junho de 2011 para R$ 14,07

A saca do milho, em Mato Grosso, já reflete o peso da boca de safra, com o início da colheita, movimentação que tende a ser intensificada nos próximos dias e que pode pressionar na mesma velocidade a cotação do grão. De acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em um intervalo de um ano, a desvalorização acumula 26,9%. Na primeira quinzena de junho do ano passado, o cereal estava cotado a R$ 19,25 e nesta semana cravou R$ 14,07, ambos valores médios no Estado.

Antes mesmo de extração do cereal, em meados de maio, o preço da saca já vinha perdendo alguns reais em função da perspectiva de uma super safra que vem se consolidando a cada semana. O mercado esteve parado no mês passado e quase não houve avanço nas vendas.

Conforme o Imea, a produtividade aumentou 31% entre a safra 2011 e a atual temporada, passando de 67 sacas por hectare para 87. Com esse rendimento, a produção vem sendo redimensionada com freqüência e a nova aposta do Imea é de algo acima de 13,11 milhões de toneladas, volume que supera em quase 88% as 6,99 milhões t colhidas na safra 2011.

Até o final da semana passada, cerca de 4,5% da área plantada de 2,50 milhões de hectares estavam colhidos, ritmo que supera em 1,9 ponto percentual o observado em igual momento do ano passado, quando a colheita atingia 2,6% da área de 1,75 milhão de hectares. Se destacam até o momento os trabalhos na região oeste, o mais avançado e que cobre 6,7% da área, seguido do médio norte com 5,2%. “Na boca da colheita observa-se a queda que ocorre nos preços do milho em todo o Estado, devido à alta oferta do grão”, aponta o Imea.

ALENTO - Como o cenário ao milho era favorável desde o segundo semestre do ano passado, do ponto de vista da relação oferta e demanda, as vendas antecipadas derrubaram qualquer referência anterior e começaram a ser travadas desde setembro do ano passado, cinco meses antes do plantio, com o mercado temendo ficar sem o produto. Em função dessa movimentação acelerada, 56% da produção que começa a deixar o campo estavam vendidos. Assim, mais da metade da produção teve cotações que garantiram remuneração, estando imune à pressão da colheita. “Como os produtores já comercializaram parte da safra, aguardam uma melhora nos preços para ofertar o cereal”, destaca o Imea. O Instituto completa ainda que para o próximo mês espera-se uma alta na liquidez do mercado de Mato Grosso, pois, tanto mercado interno quanto externo ainda têm escassez do produto. “Com o aumento da oferta de milho com o desenvolver da colheita, que apresentou 4,5% da área concluída, em Mato Grosso, na segunda semana de junho, se pode pressionar para uma nova volta à comercialização motivada pela exportação”.

Fonte: Diário de Cuiabá, 19 de junho

 

Últimas Notícias
INDICADORES DE TENDÊNCIA CIMILHO (97): Milho: chove chuva, chove sem parar...
INDICADORES DE TENDÊNCIA CIMILHO (90): China em prol de uma agricultura mais verde, lição para o Bra
INDICADORES DE TENDÊNCIA CIMILHO (89): Etanol de milho com fôlego renovado
INDICADORES DE TENDÊNCIA CIMILHO (88): A retomada das exportações de milho no segundo semestre
INDICADORES DE TENDÊNCIA CIMILHO (87): Entendendo a lógica do comportamento dos preços e do mercado