Milho transgênico ganha nova batalha no Rio Grande do Sul
5/3/2008 08:54:36



Decisão desta terça-feira, dia 4 de março, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (Porto Alegre), considerou procedente o mérito do Agravo da União que em janeiro deste ano suspendeu os efeitos da liminar concedida pela Justiça Federal do Paraná a uma ação movida por opositores da biotecnologia. Essa liminar impedia a liberação comercial de três tipos de milho transgênico que foram aprovados pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio em 2007. Dessa forma, o TRF da 4ª Região, à luz da Lei de Biossegurança, confirmou as autorizações comerciais concedidas pela CTNBio.

Para o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Odacir Klein, a decisão demonstra respeito às autoridades científicas brasileiras, especialmente a CTNBio. “Finalmente estão chegando ao fim os argumentos ideológicos levados à Justiça para impedir o avanço da biotecnologia agrícola no País. O milho transgênico chegou tarde, mas chegou para ficar e os produtores brasileiros não podem mais perder tempo.”, afirmou o representante dos produtores de milho.

Ywao Miyamoto, presidente da Abrasem – Associação Brasileira de Sementes e Mudas e produtor agrícola do Paraná, também aplaudiu a decisão favorável. “Está comprovado tecnicamente que a biotecnologia é boa para a agricultura, para o meio ambiente e seguro para o consumo. Não sou eu quem fala. É a ciência, é o campo. Os nossos cientistas da CTNBio atestaram isto e nossos campos comprovam. Por que continuar emperrando a vida do produtor?”, desabafou o presidente da Abrasem.

Para o presidente do Clube Amigos da Terra, de Tupanciretã-RS, Almir Rebelo, a decisão é totalmente coerente com os interesses do País. "Entendo que, agora, a biotecnologia agrícola ficou irreversível. Estão caindo por terra os últimos entraves. Agora é pensar na pesquisa e no desenvolvimento de novas variedades transgênicas, tanto de milho como de soja, para o Brasil tirar o atraso em relação aos concorrentes, especialmente da Argentina que já cultiva o milho transgênico há uma década”, observou. Rebelo destacou também a importância do cultivo de transgênicos para o meio ambiente e para a saúde de quem trabalha na lavoura. “Além de economizar com agrotóxicos, combustível e água, vamos contribuir para uma melhor qualidade de vida para dos agricultores”, acrescentou.

Fonte: Cosmo on-line, 4 de março

 

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