04/03/2013 09:54:38

Segundo o MDIC, os embarques registraram queda na comparação com janeiro deste ano

O mês de fevereiro, que teve apenas 18 dias úteis neste ano, fechou com recuo nas exportações de importantes produtos da cadeia do agronegócio. O milho, que teve uma leve retomada no primeiro mês do ano, registrou uma queda de 31,9% no período, com um volume embarcado que atingiu 2,293 milhões de toneladas ante 3,368 milhões de toneladas registrados em janeiro. O algodão também apresentou queda em fevereiro, o que reflete o período de entressafra. No total, foram embarcadas 47,4 mil toneladas da pluma no último mês, ante 64,9 mil toneladas em janeiro, o que significa queda de 27% na comparação com janeiro.

Outros produtos, como o açúcar, o café e o suco de laranja também tiveram queda na comparação, mesmo tendo registrado aumentos em relação a fevereiro de 2012. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (1/3) pela a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).

Confira o desempenho em volume e receita dos produtos.

Milho - em volume, a exportação caiu 31,9% em fevereiro, um total de 2,293 milhões de toneladas ante 3,368 milhões de toneladas de janeiro. Em relação a fevereiro de 2012 os embarques subiram. Na ocasião, o Brasil vendeu 276,6 milhões de toneladas. A alta foi de 775,3%.

Em receita, o País exportou US$ 648,5 milhões em fevereiro, queda de 31,5% na comparação com janeiro e alta de 848,3% frente fevereiro de 2012.

Algodão - as exportações recuaram quase 27% frente ao mês anterior e 18% em relação a igual intervalo de 2012. Foram embarcadas 47,4 mil toneladas da pluma no último mês, ante 64,9 mil toneladas em janeiro e 57,9 mil toneladas em fevereiro do ano passado.

As vendas externas geraram US$ 93,7 milhões no período. A quantia é 27% menor que os US$ 129,7 milhões registrados em janeiro e 18,9% inferior aos US$ 129,7 milhões faturados no mesmo mês de 2012. O preço médio do algodão cedeu a US$ 1.979,30 por tonelada ante US$ 1.997,70 por tonelada em janeiro e US$ 1.997,80 por tonelada em fevereiro do ano passado.

Açúcar - o volume exportado em fevereiro cresceu 32,6%, comparação com igual mês de 2012. Foram totalizados 1,778 milhão de toneladas em fevereiro. Ante janeiro deste ano, quando foram embarcadas 2,296 milhões de toneladas, houve queda de 22,5%. Do total exportado em fevereiro, 1,211 milhão de toneladas foram de açúcar demerara, e 567,3 mil toneladas, de refinado.

Em receita cambial, os embarques somaram US$ 868,3 milhões no mês passado, 21,4% inferior ao US$ 1,105 bilhão de janeiro, mas 9,0% maior que os US$ 796,4 milhões de fevereiro de 2012.

Café - o grão alcançou 1,897 milhão de sacas de 60 quilos exportados em fevereiro, o que representa uma queda de 4,68% em relação ao mesmo mês do ano passado (1,991 milhão de sacas). Quando comparada com janeiro, a exportação de café em fevereiro apresenta queda de 19,36% em termos de volume, pois em janeiro passado o País embarcou 2,353 milhões de sacas. A receita cambial foi 22,65% menor, considerando faturamento de US$ 468,5 milhões em janeiro.

Em termos de receita cambial, houve queda de 31,91% no período, para US$ 362,4 milhões em comparação aos US$ 532,2 milhões em fevereiro de 2012.

Suco - a exportação brasileira de suco de laranja cresceu 3,35% em fevereiro de 2013 na comparação com o mesmo mês de 2012. Os embarques totalizaram 175,7 mil toneladas, acima das 170 mil toneladas de fevereiro do ano passado.

A receita cambial com a venda de suco de laranja somou US$ 190,1 milhões em fevereiro, queda de 27,4% ante os US$ 262 milhões arrecadados em fevereiro de 2012. O volume embarcado em fevereiro passado é 14,1% menos em comparação com o mês anterior (204,5 mil toneladas). A receita cambial no período apresentou redução de 23% (US$ 246,9 milhões em janeiro passado).

O preço médio da tonelada exportada de suco em fevereiro foi de US$ 1.081,80, 29,80% inferior aos US$ 1.541,10 por tonelada de fevereiro de 2012. Na comparação com janeiro de 2013 (US$ 1.207,10 por tonelada), o preço médio é 10,38% mais baixo.

Fonte: Globo Rural, 1º de março