Cotação sente peso do EUA
09/10/2013 08:35:08



Cereal completou mais um mês de baixas sobre a saca. Mercado local reflete entrada do grão norte-americano

MARIANNA PERES

Da Editoria

A saca do milho, em Mato Grosso, encerrou a primeira semana deste mês desvalorizada em 44% na comparação com a cotação média do mesmo período do ano passado.

Conforme dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) os preços médios de 30 de setembro a 4 de outubro atingiram R$ 9,66/saca ante R$ 17,30/saca em igual período de 2012. O grão ficou mais barato e ainda assim é motivo de transtornos e preocupações em relação a sua estocagem. Os dois problemas – preço e armazenagem - ainda devem tirar o sono do produtor mato-grossense, já que com a chegada da safra norte-americana e as previsões de excedentes no mundo a tendência é de novas pressões contra o valor da saca, o que deve reter a produção local da safra 2012/13, a maior colhida no Estado, 21,9 milhões de toneladas.

Como explicam os analistas do Imea, o contrato para dezembro/13 apresentou na semana passada as piores cotações desde a sua abertura, encerrando a US$ 4,39/bushel as sessões da última terça-feira e quarta-feira. “O mercado sente o peso da entrada do milho norte-americano”, destaca trecho do Boletim do Milho, divulgado segunda-feira.

Neste ano, o cenário climático do milho nos Estados Unidos se apresenta em melhores condições que em 2012, quando uma forte seca arrasou as lavouras, impactando na queda da safra. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês) projeta uma produção 30% maior que a anterior. “De forma geral, a expectativa do mercado é de que os fundamentos baixistas continuem ao longo desta safra, uma vez que a elevação dos estoques do grão nos EUA e na América do Sul gera excedente. No curto prazo, o aumento da oferta imediata do produto com o avanço da colheita norte-americana pode pressionar ainda mais os preços do grão”.

Fonte: Diário de Cuiabá, 9 de outubro

 

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