Falta de umidade causa problemas nas lavouras no PR
23/12/2008 14:57:33



Globo Rural - Agricultores paranaenses estão preocupados com o tempo. As chuvas estão irregulares e as lavouras sofrem com a falta de umidade. A soja ainda pode se recuperar, mas, segundo estimativa da Secretaria de Agricultura do Estado, a quebra na safra de milho deve passar de 20%.

Depois da chuva, terra seca. A água que caiu no domingo e na quarta-feira passados não foi suficiente para molhar a lavoura nem salvar o prejuízo provocado por 27 dias de estiagem.

“Nas duas chuva deu cerca de 20 milímetros. Precisaria de pelo menos duas de 30 milímetros para resolver a situação”, disse o agricultor José Carlos Kratz.

As lavouras de milho do oeste do Paraná foram as mais prejudicadas. Os pés parecem bonitos e estão verdinhos, mas, na verdade, apresentam problemas no desenvolvimento. Eles deveriam estar bem maiores. As espigadas tinham que ter o dobro do tamanho e as folhas novas ficaram mal formadas.

“No meio de outubro teve excesso de chuva, acima da média dos últimos anos. Agora, nos meses de novembro e dezembro, faltou umidade justamente na fase mais crítica de formação e frutificação tanto da soja quanto do milho”, explicou o técnico agrícola Jovelino Pértile.

A seca atingiu o milho bem na fase em que ele mais precisava de água, na floração e na formação dos grãos. As espigas ficaram pequenas, os grãos não se desenvolveram e a produção será menor. A Secretaria de Agricultura já calcula que a quebra da safra pode chegar a 25% no Paraná.

Em algumas lavouras a perda pode ser maior ainda. Para salvar o que restou os agricultores esperam chuva com mais freqüência daqui para frente. O agricultor Nilson Biavatti torce para que a soja precoce se desenvolva agora para sair no lucro porque a lavoura de milho deve só cobrir os custos do plantio.


Guilherme Viana (MTb/MG 06566 JP)
Jornalista / Embrapa Milho e Sorgo
Tel: (31) 3779-1123
gfviana@cnpms.embrapa.br

 

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