20/10/2011 09:26:07

Os gastos com o milho são menores. Para o milho verde, Elizeu utiliza semente convencional, que é mais sensível, portanto precisa-se de mais herbicidas e fungicidas. Já para os grãos, a semente transgênica é mais forte. "Tenho um gasto de R$ 280,00 com sementes e R$ 800,00 com adubos por hectare", comentou. Em um total de 17 hectares, Elizeu cultiva em sete o milho verde e os 10 restantes o milho para grãos. "Hoje minha lavoura principal é o milho, tenho outros vizinhos que optaram por essa cultura e está dando certo", afirmou. Ele ressalta que chega colher até 120 sacas de milho por hectare.

Apesar da safra do milho ser no verão e o preço para o consumidor ser mais barato nesta época, a entre safra tem colaborado com aqueles que consomem o milho verde. Nos mercados o preço varia de R$ 2,80 até R$ 3,50 o quilo. A partir do próximo mês, os valores devem diminuir com a colheita das grandes safras.

De acordo com o produtor, a época boa de plantio do milho verde vai de julho até fevereiro. "Plantamos o ano inteiro, porém nos meses de inverno a produção é menor devido as condições climáticas então, a grande safra mesmo é julho a fevereiro quando é mais quente", explicou. Durante a safra, o milho é plantado de 15 em 15 dias para que não haja perda na hora da colheita. "Depois de semeado a captação leva de 90 a 110 dias e como é feita manualmente leva mais tempo", comentou. Já o milho para grãos precisa de um tempo maior, em média cinco meses e meio. "Faço a produção do milho uma vez por ano somente, quando está no ponto da colheita utilizamos a ceifa", relatou.

Parte da arrecadação fica com Elizeu para o consumo próprio. "Guardo 60 sacos de milho para tratar os animais, o restante vai para secador de cereais e ai vendo aos poucos para empresas que fazem derivados do milho", ressaltou. O produtor não tem perdas na lavoura. Sendo um dos sócios fundadores da cooperativa Nosso Fruto, possui uma garantia de venda do seu produto. "O milho verde tem este problema de poder perder quando ele passa do ponto, mas tenho clientes fixos que garantem a saída do milho", declarou. Puzinski repassa o milho verde para a cooperativa e também para a central de merenda da Prefeitura de Criciúma. "Só para a central de merenda eu encaminho 300 kg por semana, o restante da lavoura que está sobrando já tenho clientes que compram, portanto tenho segurança na hora do plantio", assegurou.

Fonte: Paula Darós Darolt / Diário de Notícias


Guilherme Viana (MTb / MG 06566 JP)
Jornalista da Embrapa Milho e Sorgo
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